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Giff do filme Moonlight |
Por (Daniel Rocha)
O filme vencedor do Oscar de 2017, Moonlight: Sob a luz do luar (EUA, 2016) é uma espécie de Cidade de Deus (BRA,2002) americano, não no tema mas na abordagem e na construção do realismo em torno das dificuldades de sobreviver em um ambiente hostil e fora dos padrões sociais ideais para uma criança tornar-se adulto sem aderir ao crime.
Moonlight tem como temática a homossexualidade, como no filme brasileiro a narrativa é dividida em fases e mostra o antes e o depois dos personagens envolto a violência, sexo e drogas em um bairro que vai na contramão do discurso turísticos e da imagem que se tem das cidades onde se localizam.
No filme conhecemos os três momentos da vida de Chiron um jovem negro morador do violento e pobre bairro Liberty City, Miami. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas.
Diante dessas dificuldades Chiron/Little tenta compreender e encontrar o seu lugar no mundo sem engajamentos ou discursos. A sexualidade do personagem só fica de fato evidente para o público quando a vivência com o amigo Kevin em um encontro casual muito contido.
Dessa forma a narrativa se desenrola magistralmente e o personagem cresce ao avanço de cada capítulo em todos os seus momentos, juventude, adolescência e idade adulta, sem com isso perder a linha com o ritmo estabelecido no primeiro ato.
Dessa forma a narrativa se desenrola magistralmente e o personagem cresce ao avanço de cada capítulo comovendo em todos os seus momentos, juventude, adolescência e idade adulta, sem com isso perder a linha com o ritmo estabelecido no primeiro ato.
Outros personagens também se destacam, são palpáveis e casam muito bem com a realidade retratada como, a mãe viciada em drogas vivida por Naomie Harris, que concorreu ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, e Mahershala Ali, Oscar de melhor ator coadjuvante, que interpreta o traficante Juan.
Dessa forma o filme se junta a outros dramas que se destacaram ao abordar o tema como O Segredo de Brokeback Mountain (2007) e o francês Tomboy (2011) e como no longa brasileiro, Cidade de Deus, surpreende pela coragem e habilidade de narrar uma história ,que muitos preferem não conhecer, de forma verossímil.
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