Por (Daniel Rocha)
Macacos com inteligência desenvolvida entram em confronto com seres humanos que, acuados e fragilizados, tenta resistir à extinção e ocupação dos malvados oponentes. Até parece que você já viu esse filme, só que não.
Planeta dos Macacos: A guerra (EUA, 2017) é a parte final de uma trilogia iniciada em 2011 que traz o prelúdio da história apresentada pelo clássico estrelado por Charlton Heston em 1968, uma adaptação do livro de Pierre Boulle, que retrata como seria o mundo se a evolução tivesse seguido um caminho diferente.
No filme, O líder dos primatas, César (Andy Serkis), e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso Coronel (Woody Harrelson). Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César luta contra seus instintos e parte em Busca de vingança. Dessa jornada o futuro do planeta fica em jogo.
No filme não há maniqueísmo, o bom o ruim, o valente e o coitado. Todos estão sujeitos a erros e escolhas equivocadas, julgamentos precipitados e falhos. O primata César é o grande nome do filme, sua postura ética e preferência pelos ideais de humanidade contrasta com o modo de agir dos humanos com quem está em pé de guerra e também tem seus motivos.
Essas e outras qualidades classifica o filme como um dos mais relevantes da atualidade por, dentre outras coisas, provocar o público para questão bem atuais como, qual o critério para decidir quem está certo ou errado? Qual o critério para definir quem é o bandido e o herói? Ainda acreditamos na humanidade? Somos mesmo capazes de dialogar?
Planeta dos Macacos: A guerra é um filme acima da média, um espetacular e transformador exercício de reflexão que provavelmente você não espera e nunca viu igual. Vale a pena conferir.
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